12 Meses na Estrada
Pensamentos sobre a jornada por 20 países de Ásia e Europa, entre abril de 2018 e abril de 2019.
POR ONDE PASSAMOS
A jornada começou em abril de 2018, no Japão. Para chegar lá fizemos escala em Paris, e o vôo de conexão atrasou um dia inteiro por conta de uma greve (ah, os franceses....). Chegamos em Tóquio e passamos no total 30 dias no país do sol nascente. Foi muito corrido, e visitamos praticamente o país inteiro de norte a sul! Passamos em Tóquio, Saitama, Aomori, Hirosaki, Sapporo, Nagano, Matsumoto, Obuse, Shirakawa-go, Takayama, Fukuoka, Hiroshima, Hofu, Okayama, Kurashiki, Kyoto, Shiga, Osaka, Nara, Himeji, Kobe, Fujiyoshida, Kawaguchi. Ufa!
Partimos em seguida para Kuala Lumpur, onde passamos 10 dias, e de lá para Malaca, George Town, Langkawi. Ao invés de seguirmos para a Tailândia dali, vimos que as monções iriam começar em quase todos os países do Sudeste Asiático, levando muita chuva, e por conta disso descemos de volta a Kuala Lumpur para pegarmos um vôo para a Indonésia, onde o clima estava melhor.
Foram 5 dias em uma Jakarta sem nada para fazer por causa do Ramadã, depois alguns dias em Yogyakarta, Malang, e de lá pegamos um ônibus de 19 horas até Bali, onde ficamos mais de 2 semanas no total! Retornamos para Jakarta, e de lá para Kuala Lumpur - foram 2 dias inteiros em aeroporto, lembrem-se de não fazer isso.
Ficamos uma semana inteira numa região periférica (Shah Alam), descansando. Depois voltamos a George Town por alguns dias e de lá subimos de trem até Bangkok!
Passamos 39 dias em Bangkok. Em seguida fomos para Ayutthaya e Sukhothai, onde passamos duas noites em cada, e depois fomos para Chiang Mai, onde passamos duas semanas. De lá passamos duas noites em Chiang Rai e tocamos para o Laos, de ônibus.
Chegando no Laos pegamos um longo ônibus noturno até uma ponte quebrada onde conhecemos um grupo de gringos e com eles rachamos um tuk-tuk até Luang Prabang, onde ficamos por uma semana. Depois fomos pelas estradinhas estreitas até Vang Vieng e Vientiane.
Cruzamos a fronteira de volta para a Tailândia e descemos de trem novamente até Bangkok, onde ficamos mais uma semana planejando as próximas etapas da viagem.
Terminamos nosso roteiro tailandês com uma semana nas praias de Krabi e Phi Phi Islands. Em Phuket passamos uma noite e pegamos o avião para o Vietnã.
No Vietnã chegamos em Ho Chi Minh City (Saigon), no sul do país. Compramos um pacote multi-trechos de ônibus, e visitamos também Da Lat, Da Nang, Hoi An, Hue e Hanoi. Decidimos não visitar Ha Long Bay e ficamos uma semana em Tam Coc, na região de Ninh Binh. De volta a Hanoi pegamos um vôo para Hong Kong.
Passamos uma semana em Hong Kong, com o objetivo de tirar o visto para a China - na verdade o visto sai rápido, dependendo das condições pode até sair no mesmo dia, mas não sabíamos disso. De Hong Kong compramos todos os bilhetes de trem e fizemos todas as reservas de hotéis e guest houses na China - o que foi ótimo porque a internet na China é bem complicada.
Entramos na China por terra, indo de trem bala a partir de Hong Kong. Passamos por Guangzhou, Yangshuo, Xingping, Guilin, Zhangjiajie, Changsha, Huangsha, Tunxi, Hangzhou, Xangai, Suzhou e Pequim. Em Pequim embarcamos no trem expresso Transmongol - que pega uma ramificação da ferrovia Transiberiana - e descemos em Ulaanbaatar, na Mongólia.
Passamos duas semanas lá descansando e planejando os últimos meses de viagem. Fizemos um pernoite num ger dentro do parque Gorkhi-Terelj, próximo à capital. A partir dali seguimos com o Expresso Transmongol em uma viagem de 4 dias até Moscou.
Foram 6 dias na capital russa, em seguida um trem noturno nos levou a São Petersburgo, onde passamos 3 dias.
A partir dali seguimos para a Europa, entrando pela “porta dos fundos”, isto é, pelo leste, e por ali circulamos muito de ônibus.
Entramos nos Países Bálticos pela Estônia, onde ficamos 3 dias em Talinn, seguindo dali para Riga, na Letônia, e por fim para Vilnius, na Lituânia, passando mais 5 dias em cada. Seguimos para a Polônia, passando 5 dias em Varsóvia, e mais 8 dias em Cracóvia. Depois fomos para a Hungria, ficando 8 dias em Budapeste, e de lá para Belgrado, na Sérvia, por 4 dias, e entramos na Romênia.
Um pernoite em Timisoara, e seguimos de trem para Sighisoara por 3 noites, depois 3 dias em Brasov e mais 4 dias em Bucareste. Pegamos um ônibus noturno até Sofia, onde passamos mais 4 noites, e ali pegamos um avião para Londres.
Chegamos na capital britânica dispostos a economizar ao máximo, mas surpreendentemente chegamos nessa etapa da viagem com mais dinheiro do que achávamos que teríamos, então fizemos uma “extravagância” e fomos para a Escócia, de ônibus, onde passamos 4 dias em Edimburgo e 1 dia em Glasgow. Depois de 19 dias no Reino Unido retornamos ao Brasil, saindo de Londres e chegando... no Rio de Janeiro! De lá pegamos um último ônibus noturno até São Paulo, onde finalmente nossa aventura terminou, em abril de 2019.
Agradecimentos
Essa viagem não teria sido possível sem a ajuda de muitas pessoas! Em primeiro lugar, minha COMPANHEIRONA Fê Matsu (@fematsu), sempre ao meu lado em todas as horas.
A ajuda da Camila Rasga (@camila_rasga) durante a preparação e planejamento da viagem foi essencial para termos coragem e sabermos que iria dar tudo certo.
Os carinhosos japoneses Junko, Reina, Keigo, Asumi, Kanchan, Tooki, Yuki, Tatsuya, Noriko, Tomo, Yurika, Keichi, que nos ajudaram, acolheram e guiaram por esse país magnífico.
A maravilhosa Liz, britânica insider de Bali, dona do Puri Sawah (@purisawahtirtagangga) em Karangasem; o casal espanhol Manolo e Clara, que compartilharam suas experiências de mochilão quando ainda estávamos no início da aventura; Payzinha, a querida e animada hostess do hostel MGray de Bangkok; o casal fantástico Eduardo (@eduviero) e Mônica (@monicamoras), que através de seu blog EDUARDO E MÔNICA nos inspiraram tanto por todo o sudeste asiático.
Também agradecemos a Taivnaa (@yutakammmm), a gentil gerente do hostel H7 de Ulaanbaatar que foi uma ótima companhia e arranjou pernoite nos gers no parque Gorkhi-Terelj. Aos nossos companheiros Naara, Orhom, Simba e sua gangue, e Kevin, que fizeram da travessia da Transiberiana uma experiência humana inesquecível.
O Leste Europeu não teria sido o mesmo sem a companhia do Goran e seus amigos, na Sérvia, e do PH e Cacá que foram nos visitar por um final de semana na Hungria, mesmo morando na Suíça.
Carolzinha (@ca_akemi / Passaporte Para o Mundo) e Klaus, que nos encontraram por duas vezes durante essa viagem, primeiro no início, em Tóquio, e depois, no final, acolheram em seu apartamento em Londres por quase três semanas!
Aos nossos pais, amigos e familiares, que nos apoiaram e torceram pelo sucesso de nossa jornada mesmo de longe.
Por fim, tantas pessoas com quem cruzamos e que não sabemos o nome, como a moça do hostel de Sukhothai que nos ajudou com o ônibus, a tia do Hotel Manon de Chiang Mai, do tiozinho simpático do guest house de Hoi An, cuja simplicidade, alegria e espírito vão ficar pra sempre em nossa memória.